A Adufc-Sindicato sintonizada com os movimentos locais e nacionais de professores, de estudantes e demais movimentos populares – convoca toda a categoria e a sociedade cearense a participarem das mobilizações da GREVE GERAL, dia 30 de junho, às 9h, na Praça da Bandeira – Fortaleza – Ceará.
A presença do povo e da sociedade civil organizada na rua será a maior demonstração de força e descontentamento contra as absurdas reformas “trabalhista e previdenciária” e ainda contra a terceirização indiscriminada em todos os níveis do serviço público. Essas medidas atentam violentamente contra os direitos dos trabalhadores e ferem gravemente o Estado Democrático de Direito.
Este governo, apoiado por forças conservadoras corruptas e pelo capital financeiro, tem o objetivo claro de desmontar o Estado brasileiro, principalmente os direitos trabalhistas e previdenciários, conseguidos pela classe trabalhadora às custas de muita luta e mobilização ao longo dos anos. A ordem é privatizar e entregar às empresas estrangeiras as nossas riquezas, tudo isso, com o apoio de um Congresso Nacional envolvido em diversos escândalos de corrupção, além de um Judiciário partidarizado.
É fundamental que estejamos todos mobilizados e atentos para informarmos e debatermos no nosso ambiente universitário, todas as movimentações deste governo entreguista, protegido por setores da grande mídia e pelas entidades empresariais que estão financiando o desmonte do estado brasileiro. A soberania do nosso país nunca esteve tão ameaçada.
Os recursos do Pré-Sal que seriam destinados à educação foram entregues às empresas estrangeiras. Enquanto isso, o governo federal aprova de forma vergonhosa o congelamento por 20 anos os investimentos em políticas públicas, com impactos negativos na saúde, infraestrutura, segurança pública e educação, com a completa inviabilidade do Plano Nacional de Educação, que destinaria 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação.
Outro absurdo que atenta contra o direito ao acesso à educação foi a suspensão de programas garantidos na Constituição Federal, que permitiriam a universalização da educação básica e expansão do ensino superior. Outra arbitrariedade foi a tentativa de promover a reforma do ensino médio, por meio de Medida Provisória, inviabilizando o debate acerca da modificação de uma política educacional tão importante para o país.
De forma autoritária e bem própria de governos de exceção, o Ministério da Educação promoveu um verdadeiro aparelhamento no Conselho Nacional de Educação (CNE), manobrando e impondo decisões contrárias aos interesses do segmento educacional e ainda interferindo claramente na composição do Fórum Nacional de Educação. Devido a essas ingerências, as entidades participantes do Fórum Nacional de Educação resolveram romper com o governo federal e deixar a entidade para criar o Fórum Nacional Popular de Educação.
Temos que nos posicionarmos também radicalmente contra o movimento “Escola Sem Partido”, uma iniciativa abjeta que visa criminalizar o magistério em todos os níveis. Do ponto de vista da chamada “reforma trabalhista”, é um verdadeiro desastre o que está se propondo: o negociado sobre o legislado. Na prática, essa medida levará apenas a precarização das relações de trabalho que atualmente são protegidas pela CLT.
O horizonte para o ensino superior público no Brasil é desalentador, sobretudo com a imposição de restrições ao orçamento das universidades, forçando uma redução na oferta de novas vagas e cursos e ainda uma redução drástica nos recursos para pesquisa e extensão.
Nós não podemos ficar calados e apáticos diante deste verdadeiro desmonte do estado promovido por esse governo corrupto em comum acordo com um Congresso Nacional avacalhado por denúncias e por um Judiciário acovardado. É preciso resistir, ir às ruas para dizemos NÃO às reformas e a esse governo que NÃO nos REPRESENTA!
Adufc-Sindicato
A Diretoria