Customize Consent Preferences

We use cookies to help you navigate efficiently and perform certain functions. You will find detailed information about all cookies under each consent category below.

The cookies that are categorized as "Necessary" are stored on your browser as they are essential for enabling the basic functionalities of the site. ... 

Always Active

Necessary cookies are required to enable the basic features of this site, such as providing secure log-in or adjusting your consent preferences. These cookies do not store any personally identifiable data.

No cookies to display.

Functional cookies help perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collecting feedback, and other third-party features.

No cookies to display.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics such as the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

No cookies to display.

Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

No cookies to display.

Advertisement cookies are used to provide visitors with customized advertisements based on the pages you visited previously and to analyze the effectiveness of the ad campaigns.

No cookies to display.

Skip to content Skip to footer

GREVE GERAL – Reforçando agenda nacional, servidores públicos do Ceará foram às ruas neste 18 de agosto contra a PEC 32

Ato em Fortaleza teve início na Praça da Imprensa e foi finalizado na Assembleia Legislativa do Estado
(Fotos: Lorena Alves/ ADUFC-Sindicato)

Servidores/as públicos/as de todo o país saíram às ruas nesta quarta-feira (18/8), para protestar contra a Reforma Administrativa (PEC 32/2020), que ataca os direitos de trabalhadores e trabalhadoras e destrói o serviço público. No Ceará, a ADUFC-Sindicato participou das atividades da Greve Geral do Serviço Público, que promoveu paralisação de 24 horas, atos na capital e no interior e audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado. Na ocasião foram debatidos os impactos da reforma, caso aprovada, na vida da população brasileira, uma vez que compromete a oferta e a qualidade dos serviços públicos. Todas as capitais e pelo menos outras 60 cidades brasileiras registraram atos semelhantes.

Em Fortaleza, centenas de pessoas juntaram-se ao ato que teve concentração na Praça da Imprensa, desde as 8h, e seguiu pela Avenida Desembargador Moreira rumo à Assembleia Legislativa do Estado. Participaram da passeata integrantes de centrais sindicais, de movimentos sociais, de entidades de defesa do serviço público e parlamentares de partidos de esquerda. Em frente ao prédio do Legislativo estadual, manifestantes gritaram palavras de ordem contra a reforma que destrói o serviço público e cobraram posição de deputados e senadores a favor do serviço público e do povo. Reforçaram, ainda, o coro Fora Bolsonaro, que tem marcado os atos ao longo dos últimos meses por todo o país. 

Ao fim da passeata, manifestantes foram recebidos por uma comissão de parlamentares e entregaram manifesto contra a PEC 32
(Foto: Mateus Dantas/SINDIUTE)

Representantes das entidades presentes na manifestação também entregaram a uma comissão de deputados estaduais o manifesto contra a PEC 32/2020 aprovado ao fim do Encontro Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Serviço Público, que ocorreu nos dias 29 e 30 de julho. Além do documento, o evento encaminhou ações emergenciais de combate à Reforma Administrativa, entre as quais a mobilização nacional deste 18 de agosto. A agenda articulada no Ceará é alinhada às deliberações do encontro nacional, que inclui mobilização de vereadores e deputados estaduais, realização de audiências públicas e aprovação de moções contrárias à PEC nas casas legislativas.

“Ao contrário do que tem sido afirmado pelo governo Bolsonaro e seus apoiadores, a Reforma Administrativa altera e retira direitos e garantias já consagrados para os servidores públicos, ao mesmo tempo que protege as forças armadas, a cúpula do judiciário, do parlamento e do executivo”, diz o documento aprovado na plenária do encontro. 

Um dos objetivos da mobilização desta quarta-feira (18/8) foi dialogar com a sociedade sobre a amplitude dos efeitos da Reforma Administrativa no dia a dia da população que depende dos serviços públicos. Diferentemente do que dizem o Governo Federal, os setores conservadores do Congresso Nacional e representantes do capital, os impactos da PEC 32/2020 não se restringem aos servidores públicos. 

“Construímos este dia de lutas para mostrar nossa oposição à proposta de desmonte do Estado, naquilo que tem de mais fundamental para a sociedade, que é a garantia de serviços públicos, por meio dos quais acessamos direitos. A importância do SUS e de suas trabalhadoras e trabalhadores ficou nítida na pandemia”, aponta a secretária-geral da ADUFC, Profª. Helena Martins. “Todos os dias vemos o engajamento de professoras e professores para construir uma boa educação, que nos leve a compreender o mundo e ter oportunidades. Tudo isso é fruto do trabalho dos servidores, que não podem ficar reféns da vontade política de qualquer governo, que é o que a PEC propõe”, acrescenta a docente.

Em Juazeiro do Norte, passeata saiu da Praça da Prefeitura em direção à Praça Padre Cícero (Fotos: Pâmela Queiroz/SINDURCA)

Além de Fortaleza, cidades do interior do estado realizaram atos reforçando a agenda do dia 18 de agosto. A ADUFC também participou da mobilização dessas atividades onde há atuação do sindicato, a exemplo de Juazeiro do Norte, na passeata que saiu da Praça da Prefeitura e seguiu até a Praça Padre Cícero. A adesão da ADUFC à Greve Geral do Serviço Público havia sido aprovada em reunião do Conselho de Representantes e também na Assembleia Geral da categoria, esta última instância máxima de deliberação sindical.

Atendendo à convocação do ANDES-SN, docentes de todo país se somaram à luta, que também é contra a nova reforma trabalhista (MP 1045) e em defesa dos Correios e demais estatais – e, ainda, das universidades, institutos federais e CEFETs, que estão sendo alvo de ataques do governo federal desde o início da gestão, em 2019.

Audiência pública na AL discute impactos da PEC 32

Para discutir os impactos da PEC 32/2020 no serviço público e na vida da população, uma das atividades do dia nacional de luta no Ceará foi a realização de uma audiência pública virtual pela Assembleia Legislativa do Estado. Durante a tarde, a Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da casa promoveu um amplo debate, transmitido via FM e TV Assembleia e YouTube.  O requerimento, de autoria do deputado Renato Roseno (Psol), acolheu demanda do Fórum Permanente em Defesa do Serviço Público – Ceará.

Como encaminhamentos, foram indicados uma moção a ser votada na AL e enviada à bancada federal e aos prefeitos do Ceará sobre a PEC 32 e seus impactos; reunião com sindicatos para estudar aspectos técnicos; continuação da mobilização de servidores e da população e a construção de material de divulgação sobre os aspectos e consequências da Proposta. “Essa PEC não tem remendo. Tem de ser retirada de tramitação no Congresso Nacional”, enfatizou Renato Roseno, acrescentando que ela “é ruim para a sociedade, para o servidor do presente e do futuro”. O deputado argumentou que a Proposta deteriora a qualidade do serviço público, abre brechas para a corrupção e para o clientelismo e o coronelismo. 

A PEC quebra a estabilidade do funcionalismo público, acaba com o princípio da impessoalidade, tira a autonomia dos servidores e favorece o apadrinhamento político. É o que reforçou a maioria das falas de diversos políticos e representantes sindicais que participaram da audiência. “Estabilidade não é privilégio, é prerrogativa da sociedade para evitar o clientelismo”, reiterou Roseno, cujo discurso também foi corroborado por representantes sindicais de inúmeras áreas das três esferas e parlamentares das bancadas cearenses convidados/as – como os/as deputados/as estaduais Augusta Brito (PCdoB) e Guilherme Sampaio (PT); e os federais André Figueiredo (PDT) e José Airton Cirilo (PT).

ANDES-SN e ADUFC: docentes na luta unificada

Também convidado à audiência, o presidente da ADUFC-Sindicato, Prof. Bruno Rocha, avaliou que a PEC modifica a compreensão sobre a relação do serviço público com a sociedade, desconfigurando o bem estar social previsto na Constituição. Ele apontou pelo menos três elementos considerados “graves” trazidos no bojo da PEC 32: quebra da estabilidade, fim dos concursos públicos e possibilidade de cargos de nomeação para chefia e condução das instituições públicas. “Uma desestruturação dos serviços públicos que só traz prejuízos à população”, avaliou.

Segundo o presidente da ADUFC, os alertas denunciados à população nos atos nacionais e na audiência pública deste dia 18 não são simples preocupações de carreira ou corporativas, mas com a sociedade brasileira. A reforma administrativa proposta na PEC 32 propõe, na avaliação dele, a redução em larga da oferta de serviço público: “Uma redução na capacidade de fiscalizar, quando retira a estabilidade do servidor público; e um ataque na qualidade do serviço, quando tira o respaldo técnico e intelectual necessários para fazer funcionar o serviço nos mais diversas setores”.

Ainda representando o campo da educação, a Profª. Sâmbara Paula classificou esse 18 de agosto como “dia fundamental de luta porque é fruto de uma decisão histórica de trabalhadoras e trabalhadores do serviço público de todo o país nas três esferas”. Na audiência pública, Sâmbara representou a Regional NE 1 do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN). Ela lembrou que a PEC 32 “está longe de ser uma reforma de fato e nada tem a ver com a melhoria dos serviços públicos e aumento na eficiência da gestão e da administração pública”, como o governo federal tenta passar. O fim da estabilidade, de acordo com ela, “vem mais pra trazer privilégios do que impedi-los”. Sâmbara argumentou que ter funções técnicas e gerenciais que não são de carreiras trarão “impactos óbvios” nos serviços públicos. “A estabilidade não é só para proteger os servidores, e sim para proteger a população. Porque o agente público precisa ter autonomia e isenção para executar suas ações, e não atender interesses eleitoreiros e clientelistas”.

Um “momento importantíssimo” do debate para que se possa esclarecer a “tragédia que se aproxima”. Assim, referiu-se à paralisação nacional do serviço público o Prof. Fábio Sobral, do Departamento de Teoria Econômica da Universidade Federal do Ceará (UFC). O docente classificou a mentalidade do ministro da Economia, Paulo Guedes, como “arcaica e atrasada”, e “de ódio à população brasileira e aos servidores públicos”, com redução de direitos, num ataque cotidiano não só aos servidores, mas a toda a população.

Convidado para fazer uma análise da PEC 32 sob o ponto de vista econômico, o especialista alertou também para o fato de que pelo menos 4.700 municípios brasileiros podem entrar em colapso se não tiverem verbas públicas e o serviço público. Este, segundo lembrou o professor, exige um conhecimento e uma dinâmica própria. “Não só do ponto de vista da tarefa que executa, mas de um conjunto de procedimentos que precisam ter continuidade”, disse Fábio Sobral. O professor foi enfático ao afirmar que os serviços públicos são uma “forma central da preservação da distribuição de renda e da melhoria da condição de vida da população”.

(*) A Audiência Pública sobre a PEC 32/2020 na Assembleia Legislativa do Ceará pode ser assistida na íntegra AQUI.

Seção Sindical dos(as) Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará

Av. da Universidade, 2346 – Benfica – Fortaleza/CE
E-mail: secretaria@adufc.org.br | Telefone: (85) 3066-1818

© 2025. Todos os direitos reservados. Desenvolvido por: Web-az

© 2025 Kicker. All Rights Reserved.

Sign Up to Our Newsletter

Be the first to know the latest updates

[yikes-mailchimp form="1"]