Com o apoio da ADUFC, professores e professoras da Universidade Federal do Ceará (UFC) filiados ao sindicato lançaram uma carta a senadores/as da República pedindo a derrubada do PL 5595/20, que foi aprovado na Câmara Federal nesta quarta-feira (21/4) e aguarda votação no Senado. A proposta “veda a suspensão das atividades educacionais em formato presencial nas escolas e instituições de ensino superior públicas e privadas”. Ao tornar as atividades educacionais serviços essenciais, a iniciativa garante a reabertura indiscriminada de escolas e instituições de ensino superior, desconsiderando o contexto crítico ocasionado pela pandemia que aponta para um cenário macabro com quase 400 mil mortes por Covid-19 no Brasil.
Em carta aos congressistas, docentes apontam que abrir escolas e universidades sem respeitar as condições sanitárias e de biossegurança diante da pandemia de Covid-19 coloca em risco a vida de professores, estudantes, trabalhadores da educação e seus familiares.
“São inegáveis os desafios apresentados pelo ensino remoto, desde a falta de condições estruturais enfrentada por professores e alunos, até as dificuldades das famílias cujos integrantes precisam trabalhar fora de casa e não têm suporte para que seja realizado o cuidado adequado de crianças. Entendemos que, diante de inúmeras limitações que tal situação impõe, cabe a ampliação do debate entre o poder público, os docentes e as famílias, além da garantia de investimentos para que seja possível o acesso a computadores, conexão de internet de boa qualidade, formação de professores para lidar com esta nova realidade, dentre outros, enquanto não for possível a reabertura, mesmo que parcial, das instituições de ensino.
(…) Pedimos, portanto, que vossas excelências atuem no sentido de barrar o PL 5595/20 e continuem empreendendo esforços para garantir a disponibilização de vacinas para toda a população brasileira e a adoção de medidas adequadas para mitigar a Pandemia de COVID-19, que ceifou a vida de tantos brasileiros. Colocamo-nos à disposição para o diálogo democrático, certos de que seremos ouvidos em nossos pleitos.”
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