O Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará (ADUFC – Sindicato) manifesta solidariedade às servidoras técnico-administrativas (TAEs) em educação da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afrobrasileira (Unilab), Karla Florentino (atual diretora do Sintufce) e Ana Hérica Brasil (ex-diretora do Sintufce).
Num cenário de contínuos ataques às universidades federais brasileiras, em diversas partes do país, intensificaram-se práticas arbitrárias de gestão, similares às do governo Bolsonaro. Na Unilab, em relato apresentado pelas próprias TAEs a despeito “das condições de trabalho sob qual os servidores são submetidos, ainda observamos as danosas práticas persecutórias e punitivas através de remoções de ofício que acontecem indiscriminadamente a critério da Administração, sem qualquer comunicação aos servidores envolvidos e muitas vezes sem anuência ou conhecimento das próprias chefias, sendo normalizadas e comumente utilizadas como instrumentos de retaliação e medo àqueles que não se adequam a esta estrutura retrógrada ou aos que ousam manifestar-se contrários a ela”. O trecho, retirado da carta-denúncia publicada no e-mail institucional da Unilab, se soma a um conjunto de outras sobre a atual gestão, inclusive àqueles que tratam da complexificação do cenário de gestão da nova diretoria do Instituto de Humanidades (IH), sob a chefia da professora Luma Andrade, que ainda segue sem servidores técnicos-administrativos para subsidiar o contínuo funcionamento de seu setor.
As TAEs foram removidas (inclusive com atribuição de FG para uma delas) para o IH, sem consulta, mas diante de um conjunto de fatores técnicos e políticos, permaneceram em seus setores. Compreendemos que uma remoção interna de técnicos é urgente (a fim de atender a demanda do IH), mas não suprime o caráter democrático da realização de consulta aos(às) servidores(as) e de suas chefias imediatas, com posterior consentimento, para que seja efetuada. Mesmo que a remoção tenha sido suspensa, o ato de violência foi cometido e implica outras medidas pelos danos (morais, psicológicos e de saúde) causados tanto às servidoras quanto ao setor que segue sem ter sua solicitação atendida.
Fortaleza, 13 de janeiro de 2023
Diretoria da ADUFC-Sindicato
Gestão Resistir e Avançar (Biênio 2021-2023)