(Foto: ZÉLÚ)
Neste domingo (07), a ADUFC, mais de 80 movimentos sociais e milhares de manifestantes se reuniram na Praia de Iracema, em Fortaleza, para protestar contra o feminicídio e demais violências contra as mulheres. Segundo o movimento Levante Mulheres Vivas, houve convocação de atos em pelo menos 20 estados e no Distrito Federal.
A docente e secretária-geral da ADUFC, a Prof.ª Aline Abbonizio, esteve no ato e participou dessa luta histórica em prol dos direitos das mulheres diante de vários casos de violência extrema e assassinatos de mulheres ocorridos nas últimas semanas.
“Mais uma vez, viemos para a rua, para lembrar que essa situação precisa mudar. Essa luta é por direitos, por dignidade, pela integridade física, pela vida das mulheres. A ADUFC esteve presente, lembrando que o fim da escala 6×1 é fundamental para diminuir a desigualdade de gênero, já que essa escala atinge de forma desproporcional as mulheres” afirmou.
Outra importante mobilização contra o feminicídio aconteceu na mesma data no Mercado do Pirajá em Juazeiro do Norte. A Prof.ª Amanda Pino, primeira-tesoureira da ADUFC, esteve presente e ressaltou a importância do ato acontecer também no Cariri diante de tantos casos de violência contra mulheres na região.
“Tivemos o apoio de muitas entidades e conseguimos ocupar o Mercado do Pirajá, que é um espaço bem movimentado no domingo, onde a classe trabalhadora se reúne para comercializar seus produtos. Então estar ali com populares levando esse barulho para a rua representa um passo importante na luta pelo direito à vida das mulheres”, concluiu. Mais de 20 movimentos sociais assinaram o “Manifesto – Levante Mulheres Vivas do Cariri pelo Fim do Feminicídio”, disponível clicando aqui.
Conforme dados da Superintendência de Pesquisa e Estratégia (Supesp), disponibilizados pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), o Ceará registrou pelo menos 24 feminicídios durante o primeiro semestre de 2025.
Reivindicações nacionais
Além de Fortaleza, milhares de mulheres de outros estados tomaram as ruas. Foram realizadas manifestações no Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES), Belo Horizonte (MG), Maceió (AL), São Luís (MA), João Pessoa (PB), Recife (PE), Teresina (PI), Natal (RN), Rio Branco (AC), Manaus (AM), Boa Vista (RR), Palmas (TO), Florianópolis (SC), Curitiba (PR), Campo Grande (MS), Brasília (DF), Goiânia (GO) e São Paulo (SP). Em Salvador (BA), o protesto está marcado para o próximo domingo (14), às 10h, na Barra.
Entre as reivindicações da pauta nacional da mobilização, estão:
- Delegacias da Mulher 24h e atendimento especializado;
- Casas-abrigo e acolhimento imediato;
- Medidas protetivas rápidas e investigação sem demora;
- Autonomia emergencial para mulheres em risco;
- Proteção de filhos e filhas;
- Paridade de gênero no poder público;
- Combate à violência digital e aos discursos de ódio.
Com informações do Brasil de Fato
