Customize Consent Preferences

We use cookies to help you navigate efficiently and perform certain functions. You will find detailed information about all cookies under each consent category below.

The cookies that are categorized as "Necessary" are stored on your browser as they are essential for enabling the basic functionalities of the site. ... 

Always Active

Necessary cookies are required to enable the basic features of this site, such as providing secure log-in or adjusting your consent preferences. These cookies do not store any personally identifiable data.

No cookies to display.

Functional cookies help perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collecting feedback, and other third-party features.

No cookies to display.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics such as the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

No cookies to display.

Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

No cookies to display.

Advertisement cookies are used to provide visitors with customized advertisements based on the pages you visited previously and to analyze the effectiveness of the ad campaigns.

No cookies to display.

Skip to content Skip to footer

EDUCAÇÃO PELA DEMOCRACIA – Marcio Pochmann abre semana de paralisações nas federais do Ceará: “Nossa educação está na UTI”

ADUFC mobiliza comunidade acadêmica para discussão sobre transformações sociais, digitalização e impactos no mundo do trabalho (Fotos: Nah Jereissati/ADUFC-Sindicato)

O Prof. Marcio Pochmann, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) ministrou, nesta segunda-feira (22/8), a conferência “Transformações sociais, digitalização e impactos no mundo do trabalho”. Professores/as, servidores/as técnico-administrativos/as e estudantes das universidades federais do Ceará (UFC, UFCA e UNILAB) lotaram o Auditório Izaíra Silvino, na sede da ADUFC em Fortaleza, para acompanhar a discussão – também transmitida remotamente no Auditório da ADUFC-Cariri, em Juazeiro do Norte. “Momentos como esses são fundamentais para oxigenar e manter viva nossa esperança. Que possamos, em algum momento e o mais breve possível, recuperar aqui o que nossa educação já foi. Nossa educação está na UTI”, afirmou o conferencista.

A atividade abriu as discussões da “Semana da Educação pela Democracia: em defesa da universidade e da carreira docente”, promovida pela ADUFC-Sindicato. Um momento de paralisações e mobilizações para denunciar cortes sistemáticos na educação, ciência e tecnologia, e dialogar com a sociedade em defesa da universidade pública. Mesmo diante das intensas tentativas do interventor da UFC para impedir a realização do evento, negando espaços para atividades, pressionando e desautorizando diretores/as de unidades acadêmicas, as ações seguem até a próxima sexta-feira (26/8).

Marcio Pochmann é ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA – 2007-2012) e da Fundação Perseu Abramo (2012-2020) e ex-secretário municipal em São Paulo. Atualmente, também é professor colaborador voluntário no Instituto de Economia da Unicamp. Autor de dezenas de livros sobre economia, desenvolvimento e políticas públicas foi agraciado com o Prêmio Jabuti em 2002. Economia Social e do Trabalho são suas principais áreas de atuação.

O docente defendeu, na conferência de ontem, uma educação “muito mais qualificada” para os desafios que o Brasil e o mundo passam a viver neste momento de mudança de época que nossas gerações estão vivendo”. Antes, o Prof. Bruno Rocha, presidente da ADUFC-Sindicato, agradeceu a participação de todos/as e reiterou que a Semana vem sendo pensada e construída há muito tempo e de forma coletiva.. “É um evento que muito nos orgulha, construído em várias assembleias. É através delas que esse sindicato realiza e organiza suas ações”, destacou, lembrando que atividades estão ocorrendo na comunidade acadêmica das três universidades federais do estado.

O olhar pra frente: “Resistir e também avançar”

Mediadora da conferência e secretária geral da ADUFC, a Profª Helena Martins  avaliou a realização da atividade com Marcio Pochmann como um “ótimo começo”, fazendo um paralelo com a linha de atuação da atual gestão da ADUFC. “Porque desde o debate do nome dessa nova gestão, já constituída num contexto  de bolsonarismo, a gente pensou em ‘Resistir e Avançar’. Nossa discussão sempre foi a de que, sim, nós temos de fazer as resistências, sermos entraves para todo esse processo de desmonte, mas a gente tem também de elaborar, pensar, discutir, reivindicar um outro projeto de sociedade”, explicou.

A docente reforçou os elementos apontados pelo convidado como “ótimos caminhos” de reflexão, enfatizando, ainda, a produção coletiva de pesquisas, de discussões e de mobilizações. Marcio Pochmann citou, em algumas de suas falas, a necessidade de um “planejamento de onde queremos chegar”, do olhar pra frente. “Resistir e também avançar”, apontou.

A universidade como elemento do protagonismo da mudança: “Não podemos baixar a cabeça”, diz o Prof. Marcio Pochmann
  • Algumas reflexões do Prof. Marcio Pochmann durante a conferência:


Pensar o futuro
“Estamos submetidos a uma discussão rasa (na educação). Viramos uma espécie de pronto-socorro. Mas a saúde não pode viver só do pronto-socorro. Para um país que não trata do futuro, qualquer vento serve. Porque o vento serve às emergências. Nós das universidades, precisamos fazer. Vivemos numa sociedade de classes, onde a classe operária planeja o mês; nós, da classe média, pensamos o planejamento do ano. Mas as instituições democráticas – sindicatos, partidos e demais entidades têm o dever de pensar o futuro. Nós, do campo progressista, temos de pensar, porque hoje não se discute o futuro. E a oferta que nós temos do futuro é algo que nos indica pior do que hoje.”

O medo de ousar
“A gente precisa ousar. Qual é o nosso problema hoje? É o medo. Nós temos medo de fazer diferente. Nós temos medo de ousar. E o medo nos engessa a continuar fazendo o que anteriormente já se fazia. Penso, sinceramente, que esse tipo de ação aqui, de pensar, é uma das maneiras que temos para abandonar o medo. E, abandonando o medo, nós vamos mais longe. Estamos mais preparados, qualificados. Podemos ir mais longe. Essa semana é muito importante na vida da universidade. É um espaço, infelizmente, privilegiado no Brasil e a gente precisa fazer dele o melhor possível. É importantíssimo ocuparmos nossos espaços. A universidade não pode abandonar a mão. Não pode baixar a cabeça. Porque ela é, de fato, um dos elementos do protagonismo da mudança que a gente espera no Brasil como a nova maioria política.” 

Organizar para mudar
“Estamos vivendo um momento-chave. Os que nos dominam sabem que, nesses momentos, sua capacidade de dominação é mais fragilizada. Porque é uma transição, é uma mudança de época. É nesse momento que nós mais temos a capacidade de fazer a história com as nossas mãos. E ao estarmos diante da ideia de que ‘há um cancelamento futuro, não tem o que fazer, vamos cuidar da emergência’, isso vai desmobilizando. Porque um povo triste não luta pelo seu futuro. Luta por seu cotidiano. E esse é um papel importantíssimo nosso. As ideias que trazemos e discutimos não vão mudar a realidade. Quem muda a realidade somos nós, organizados, de forma consciente.”

Dominação frágil
“A classe dominante desistiu do país. Jogaram fora o que nós tínhamos. Por isso que eles também são frágeis e sabem disso. Mas não podemos cair na conversa deles. Senão, ficamos basicamente circunscritos aos limites das emergências. Sem poder oferecer alguma coisa que vá além.” 

“Insatisfação generalizada”
“Sinto que o Brasil vive um momento de pré-insurgência. Uma grande parte da população não está satisfeita. Há uma insatisfação generalizada. E a insatisfação é um passo fundamental para mudar. Nossa dificuldade é que ainda ainda não encontramos uma maneira de tornar a insatisfação individual e a insatisfação coletiva em torno de algo que nos una. Porque o que acontece é uma fragmentação de visões. Quando cada um de nós tem o seu projeto, o seu plano, nós não temos nenhum. Como construir algo que, na verdade, unifique? Esse é o desafio que nós temos hoje”.

(*) Assista à conferência do Prof. Marcio Pochmann no canal da ADUFC no YouTube
(**) Confira a programação completa da “Semana da Educação pela Democracia: em defesa da universidade e da carreira docente”


Seção Sindical dos(as) Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará

Av. da Universidade, 2346 – Benfica – Fortaleza/CE
E-mail: secretaria@adufc.org.br | Telefone: (85) 3066-1818

© 2025. Todos os direitos reservados. Desenvolvido por: Web-az

© 2025 Kicker. All Rights Reserved.

Sign Up to Our Newsletter

Be the first to know the latest updates

[yikes-mailchimp form="1"]