A obra “República do ódio: a dinâmica da extrema direita no WhatsApp“, de autoria do Prof. José Maria Monteiro (Computação/UFC), primeiro-secretário da ADUFC, da Prof.ª Helena Martins (Publicidade e Propaganda/UFC) e do Prof. Pedro Mourão (Universidade Estadual do Tocantins – UNITINS) é semifinalista do Prêmio Jabuti na lista de indicados da área de Comunicação e Informação.
O livro foi lançado pela Editora da UFC, em 2024, e teve como objetivo analisar 250 grupos públicos do WhatsApp e responder o que mudou na sua utilização entre as eleições de 2018 e 2022.
O crescimento da extrema direita no globo é um dos maiores desafios para as democracias atuais. Enfrentar seus vetores de crescimento é tarefa que, necessariamente, passa por compreender o papel das novas tecnologias na propagação ultra veloz de um ideário sedimentado na guerra permanente contra um inimigo imaginário.
“A partir de 2018, começamos a estudar esse fenômeno e chegamos a acompanhar mais de 300 grupos de WhatsApp por mais de 6 anos. Coletamos mais de 10 TB de informação entre arquivos de texto, imagem, áudio e vídeo. O livro conta um pouco das descobertas que fizemos durante todo esse estudo, investigando como a extrema direita utiliza o WhatsApp para capilarizar, vender suas ideias e atrair militantes. O livro mostra uma radiografia muito precisa da organização da extrema direita no WhatsApp”, pontuou o Prof. José Maria Monteiro.
Sobre a indicação ao Prêmio Jabuti, o docente pontuou que já é uma grande conquista por conta do reconhecimento conferido ao trabalho e ao tema abordado. “Ter sido selecionado para a semifinal do Prêmio Jabuti já é um grande resultado, uma enorme conquista. É um reconhecimento da qualidade do livro, da pesquisa e também da relevância do tema abordado. Esse é um problema relevante e merece continuar sendo investigado e estudado. Eu espero que, com a indicação ao prêmio, o livro alcance uma circulação ainda maior, não só entre acadêmicos que estudam esse tema, mas também na sociedade em geral, que é afetada diretamente pela desinformação, por essa guerra híbrida que ocorre nas plataformas sociais”, afirmou.