A Biblioteca Pública Estadual do Ceará (Bece) é um equipamento que difunde atividades culturais e de formação por meio da promoção de leitura (Foto: Ghandi Guimarães)
Pela primeira vez na série histórica da pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil” a quantidade de pessoas que não leem é maior do que a de leitores/as na população brasileira. É o que constatou a 6ª edição (2024) do estudo que é realizado desde 2007 pelo Instituto Pró-Livro (IPL).
A pesquisa busca conhecer os indicadores e hábitos de leituras de brasileiros/as com mais de 5 anos de idade e tem como objetivo central “conhecer o comportamento do leitor medindo intensidade, forma, limitações, motivação, representações e as condições de leitura e de acesso ao livro – impresso e digital – pela população brasileira na atualidade”. Foram entrevistados, em seus domicílios, 5.504 brasileiros e brasileiras, alfabetizados ou não, em 208 municípios.
Os dados, infelizmente, não são animadores. Pela primeira vez, a proporção de não-leitores, que chega a 53%, supera a de leitores, que é de 47% no país. Esses dados revelam uma perda de quase 7 milhões de leitores nos últimos quatro anos. Entre os não leitores 34% disseram que não tem tempo para ler, 28% disseram que não gostam de ler, 14% afirmaram não ter paciência para a leitura e 16% disseram que não sabem ler.
O estudo considera tanto a leitura de livros impressos quanto digitais, além de não restringir qualquer gênero, incluindo didáticos, bíblia e religiosos. Entre os estados com os maiores índices de leitores/as estão: Santa Catarina, com 64%, seguido por Paraná e Ceará, ambos com 54%.
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