(Foto: Viktor Braga/UFC)
Em recente reunião com o Instituto Primeira Infância (IPREDE), a diretoria da ADUFC foi convidada a conhecer as instalações da entidade e o trabalho realizado com crianças e famílias em situação de extrema vulnerabilidade. No encontro, estavam presentes o Prof. Bosco Arruda (Diretor de Assuntos de Aposentados) e a Profª. Sônia Pereira (Diretoria de Relações Intersindicais), para discutir sobre o apoio da ADUFC às ações do IPREDE, com mobilização de professores/as aposentados/as e da ativa para pensarem propostas de voluntariado e projetos para a entidade.
O IPREDE foi fundado em 1986 e teve como ponto de partida a inquietação da terapeuta ocupacional Ana Maria Teles de Norões, funcionária do Hospital Albert Sabin na época, ao perceber a realidade do público infantil de Fortaleza que a instituição recebia. Mensalmente, eram centenas de casos de crianças que chegavam ao hospital em estado grave de desnutrição ou com doenças decorrentes desse quadro. Desde então, mais profissionais da saúde, assistência social e outras áreas, inclusive professores de Medicina da Universidade Federal do Ceará, foram agregando-se ao quadro de voluntariado da entidade.
Com o tempo, além do atendimento a crianças desnutridas, a entrevista com a pessoa responsável pela criança mostrava outros grandes problemas mais profundos, principalmente com as mulheres, como a violência doméstica, o analfabetismo e a falta de perspectiva profissional. A partir do olhar mais ampliado para a família, o IPREDE volta-se também ao trabalho voluntário com mulheres, sejam elas mães, avós, tias, irmãs, e até com os homens, desenvolvendo ações pela segurança alimentar de crianças e pela inserção profissional de famílias atendidas.
Atualmente, o IPREDE fornece diariamente cinco mil refeições e mais de 450 latas de leite doadas, com mais de 1.350 famílias assistidas intermediadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Além do trabalho com pessoas em situação de vulnerabilidade, a instituição também possui espaços voltados ao acolhimento e fortalecimento do vínculo mãe-filho e às crianças neuroatípicas, por meio da Unidade Conecta, pelo qual são disponibilizadas especialidades e espaços que desenvolvem estratégias de inclusão para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Florescer, TransforMaria, Vai Maria e Maria Bonita são outros projetos da instituição, voltados para a atenção à mulher, com foco no bem estar e na profissionalização de mulheres que têm crianças atendidas pelo IPREDE.
Voluntariado
São cerca de 29 projetos voluntários desenvolvidos, entre projetos de extensão de universidades públicas, como UFC e UECE, nas áreas de saúde, terapia ocupacional, assistência social, artes, pedagogia, gastronomia, dentre outras.
Sobre o apoio da ADUFC, Profª. Sônia Pereira sinaliza que “já há uma grande participação voluntária, mas a intenção é divulgar mais, deixar possibilidades abertas para novas ações e inclusive fazer uso do espaço de lá, como um auditório bem equipado que o IPREDE aluga para eventos”. A fim estimular propostas de ação e formação, o Prof. Bosco Arruda está organizando a visita de docentes aposentados/as ao IPREDE e em breve divulgará encaminhamentos.
