Já são 13 semanas ininterruptas de mobilização nacional em Brasília contra a PEC 32. Docentes da ADUFC-Sindicato estiveram, mais uma vez, na capital federal para reforçar a jornada de lutas que se contrapõe à reforma administrativa do governo federal, cujo principal propósito é reduzir o Estado e destruir os serviços públicos. A comitiva do sindicato tem agregado, semanalmente, diretores e professores/as da base, conforme deliberação do Conselho de Representantes da entidade. Entre as atividades desta semana está protesto realizado por servidores em frente à residência oficial da presidência da Câmara Federal.
A Profª. Maria do Céu de Lima, do Departamento de Fundamentos da Educação (FACED/UFC), foi uma das integrantes da comitiva da ADUFC nesta semana. “Os lutadores e lutadoras (com a força das palavras de ordem) permaneceram em frente ao Anexo II na certeza de que é preciso derrotar as forças do atraso que sustentam e defendem a aprovação da PEC 32”, relata a docente, que participou de diversas atividades em Brasília nos últimos dias. O Anexo II da Câmara Federal tem concentrado as principais agendas da mobilização nacional.
Na última quarta-feira (8/12), servidores protestaram em frente à residência oficial do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). “O ato denunciou que, mesmo passado todo esse tempo de mobilização, a presidência não recebeu os movimentos”, explica Maria do Céu de Lima. Servidoras e servidores públicos também denunciaram o orçamento secreto (instrumento que o governo federal tem utilizado para comprar votos de congressistas), dentre outros desmandos federais.
Apesar da sinalização do presidente da Câmara Federal de que a PEC deve ficar para o próximo ano – possivelmente após as eleições –, o recuo da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), que alterou entendimento e liberou pagamento das emendas do chamado orçamento secreto, pode ser uma arma do governo para tentar conquistar os votos que faltam para aprovar a PEC 32. Dessa forma, não pode haver recuo da mobilização nacional até que a proposta seja efetivamente derrotada.
Durante esta semana, também ganhou destaque em Brasília a campanha “Defender a educação pública: essa é a nossa escolha para o Brasil”, promovida pelo ANDES-SN para denunciar os cortes na Educação e chamar atenção para a importância das instituições de ensino públicas. Desde o início da jornada de lutas em Brasília, a ADUFC está participando ativamente das atividades e fazendo a cobertura completa da mobilização.