Nesta semana, tomamos conhecimento de processos instaurados contra professoras, professores e estudantes da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Eles foram intimados pela Polícia Federal a prestar depoimento sobre a participação em atos antifascistas em 2018.
Essa tentativa de intimidação consiste em mais um ataque contra a comunidade universitária, que tem sido tratada como inimiga do atual governo brasileiro. Chama atenção o fato de se voltar contra profissionais da educação, que devem ter a liberdade de cátedra respeitada.
A criminalização ora vivenciada por nossas/os colegas no Ceará se junta a diversos outros casos de ataques que, infelizmente, têm sido noticiados dia após dia. São ações de violência física e/ou de processos judiciais contra ativistas, jornalistas e outros. Isso expressa o autoritarismo e a instrumentalização das instituições contra aquelas e aqueles que democraticamente expressam suas posições e lutam contra a barbárie.
O fascismo é a guerra contra os pobres, mulheres, negros, LGBTQIA+ e outros grupos historicamente vulnerabilizados. As manifestações concretas de práticas fascistas provocaram milhões de mortes ao longo do século XX. Mostram-se também nas ações do governo brasileiro que, inspirado por tal política, tem desenvolvido sua política de morte, especialmente no contexto da pandemia do coronavírus.
Lutar contra o fascismo não é crime. É uma obrigação de todas e todos nós que queremos uma sociedade onde haja justiça, paz, liberdades e vida em plenitude. Solidarizamo-nos com as e os atingidos e nos colocamos à disposição para seguir na luta contra o fascismo. Essa é uma tarefa de todas e todos nós!
Fortaleza, 11 de junho de 2021
Diretoria da ADUFC-Sindicato
Gestão Resistir e Avançar (Biênio 2021-2023)