As ruas do Centro de Fortaleza ficaram mais bonitas nesta sexta-feira (11), no dia Nacional de Paralisação Geral.
Cerca de 30 mil servidores públicos, professores e estudantes realizaram protesto contra os ataques do governo Temer, dentre eles: a Proposta de Ementa Constitucional (PEC) 55-241, que estabelece o congelamento dos investimentos públicos por 20 anos; o Projeto de Lei (PL) 54-257, que tem como objetivo a renegociação das dívidas dos estados; a Reforma da Previdência; a Medida Provisória (MP) 746, referente a Reforma do Ensino Médio; o Projeto de Lei do Senado (PLS) 193; Escola Sem Partido, entre outra medidas.
Manifestantes saíram de dois pontos de concentração, Praça da Bandeira e Praça do Carmo, para um grande encontro na Praça do Ferreira, coração do Centro da cidade. Os comércios foram fechados em apoio ao dia Nacional de Paralisação. O Ato unificado contou com a participação de vários sindicatos, frentes populares, Central Única dos Trabalhadores (CUT), entidades, estudantes de escolas públicas e universitários.
“Precisamos lutar pelos nossos direitos, não podemos aceitar esses ataques à educação, à saúde e a previdência. Todos têm os mesmos direitos, nenhum a menos para a sociedade brasileira, vamos às ruas, vamos à luta”, afirmou o Profº Leonardo Monteiro, presidente da ADUFC-Sindicato.
A direção da ADUFC-Sindicato, junto com vários professores, estudantes e servidores das universidades federais do Ceará (UFC e UNILAB) e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), compareceram a manifestação para levantar a bandeira contra os ataques à educação e em defesa dos serviços públicos e direitos sociais.
Votação da PEC 55 – 241
Na última quarta-feira, dia 9, a Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) do Senado aprovou o relatório do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), favorável à Proposta de Ementa à Constituição, que estabelece o congelamento dos investimentos públicos.
Depois de aprovada na Câmara de Deputados e CCJ, a proposta seguirá para o Senado, onde passará por dois turnos. Se aprovada trará graves consequências à população. Com 20 anos sem investimentos sociais, vários brasileiros sofrerão com a falta de acesso à educação e à saúde.
Depois de passar pela CCJ, a proposta seguirá para o plenário principal do Senado, onde passará por dois turnos de votação. Para a medida, que já foi aprovada pela Câmara dos Deputados, entrar em vigor, será necessário o apoio de, pelo menos, 49 senadores nas duas votações.
O primeiro turno será votado no dia 29 de novembro e o segundo no dia 13 de dezembro. Até a última votação a população estará nas ruas realizando atos contra os ataques do governo federal.